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CULTURA, FUTEBOL E RELIGIÃO NÃO SE DISCUTE

Argumentar com um apaixonado é algo extremamente complexo: seja no futebol ou na religião. Aqui no Blog da MIND, nos apropriamos de um dito popular, para trazer uma reflexão sobre a evolução da cultura e a necessidade de se olhar para frente.

Foi-se o tempo do futebol arte, o mercado da bola amadureceu e cada vez mais se busca um futebol de resultados. Questionável ou não, fato é que pensar o futebol apenas como arte e de forma desestruturada fez uma nação inteira amargar o vexame de um 7×1 contra o futebol estruturado dos alemães.

O planejamento dos alemães foi a longo prazo e é desnecessário dizer que o crescimento do futebol europeu se deu por conta de uma visão estratégica e profissional do business. A profissionalização do futebol abriu margem para o investimento de grandes empresas e assim se construiu o melhor futebol do mundo: o Europeu.

No universo da cultura é constante o movimento “pela arte”, o qual se levanta uma bandeira puritana, e muitos se revoltam porque as empresas só investem em projetos que dão visibilidade. Mas, é claro, empresas são estruturadas dentro de um sistema de capital, logo, nenhuma empresa investe apenas pela caridade. Todas estão em busca de um retorno, seja em visibilidade, seja em construção de marca e ainda que seja para ajudar a comunidade, necessariamente será a comunidade local onde a empresa atua.

O mais importante nesse cenário é entender, que embora os “religiosos” não acreditem. Isso não é pecado!

Essa percepção da profissionalização do mercado da cultura que se dá através de projetos incentivados, necessariamente passa por uma mudança de percepção dos agentes proponentes. A cultura amadureceu e precisa perceber as empresas como um agente de transformação e crescimento do mercado cultural e não como uma instituição de caridade.

Por outro lado, as empresa precisam perder o medo e identificar na cultura um universo promissor para construção de marca. Várias empresas escolhem o esporte como território, algumas escolhem os grandes espetáculos, mas poucas tem a noção sobre a importância de investir na cultura.

Um trabalho consistente de investimento em cultura – em especial fora dos grandes centros – abre um grande universo de oportunidades para a empresa em um território ainda pouco explorado no Brasil.

Investir em cultura através de projetos incentivados é um passo importante para as empresas. E fazer cultura é também se adaptar a ela.

Open your Mind!

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